Pelo menos quatro menores em risco de pena de morte na Arábia Saudita

A Organização Europeia Saudita para os Direitos Humanos disse hoje que pelo menos quatro menores estão em risco de serem executados na Arábia Saudita após ter sido aplicada a pena de morte a um jovem esta semana.

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Lusa
17/06/2021 23:47 ‧ 17/06/2021 por Lusa

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"Segundo a Organização Europeia Saudita para os Direitos Humanos (ESOHR na sigla em inglês), existem neste momento mais de 40 pessoas em risco de execução e o importante é salvar a vida destas. Quatro delas são menores", explicou o assessor jurídico da organização, Taha Hajji, numa conferência de imprensa virtual.

Esta semana um jovem foi executado na Arábia Saudita após ter alegadamente cometido um crime quando tinha menos de 18 anos, noticia a agência EFE.

Esta Organização Não-Governamental (ONG), que luta pelos direitos humanos na Arábia Saudita e que tem sede em Berlim, divulgou apenas o nome de Abdullah al Huwaiti, sem identificar os restantes menores em risco de serem condenados à morte.

E acrescentou que o Governo saudita está a enganar a comunidade internacional ao dizer que a execução de Mustafa al Darwish foi por crimes cometidos por este "quando tinha 19 anos", garantindo que "pode ??ser provado por documentos oficiais que isso não é verdade".

Taha Hajji salientou ainda que a "única prova usada contra ele foram confissões, não existindo provas físicas".

Na terça-feira, as autoridades sauditas executaram um homem de 26 anos condenado à morte por "revolta armada" contra o Governo, após ter sido considerado culpado de participação em motins entre 2011 e 2012.

Várias ONG's afirmaram que na altura era menor de idade.

Esta execução aconteceu apesar de em abril de 2020 ter sido abolida a pena de morte a menores na Arábia Saudita.

O país do Médio Oriente é um dos que mais aplicam sentenças de morte há vários anos, embora tenham reduzido o número de execuções em 85% em 2020, em relação ao ano anterior, quando foi aplicada a 184 presos, segundo dados do Governo.

Leia Também: Arábia autoriza 60.000 fiéis vacinados na grande peregrinação a Meca

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