Covid-19: Israel troca com palestinianos um milhão de doses de vacinas

Israel anunciou hoje que vai enviar à Autoridade Palestiniana um milhão de doses de vacinas anti-covid cujo prazo está prestes a expirar, em troca de um número semelhante de vacinas que os palestinianos esperam receber mais tarde.

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Lusa
18/06/2021 11:36 ‧ 18/06/2021 por Lusa

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"Israel assinou um acordo com a Autoridade Palestiniana e fornecerá cerca de um milhão de doses de vacinas Pfizer quase a expirar e receberá em troca as doses que a companhia Pfizer deveria enviar à Autoridade Palestiniana", afirmaram o gabinete do primeiro-ministro e os Ministérios da Defesa e da Saúde num comunicado conjunto.

A Autoridade Palestiniana, sediada na Cisjordânia ocupada, ainda não comentou as informações.

Segundo o comunicado israelita, o Estado hebreu "receberá a mesma quantidade de doses da Pfizer nos meses de setembro/outubro de 2021 por conta do que estava destinado à Autoridade Palestiniana".

"Este acordo foi possível após ter sido constatado que o 'stock' de vacinas que Israel possui responde às suas necessidades atuais", explica.

Graças a uma campanha de vacinação em massa lançada no final de dezembro no âmbito de um acordo com a farmacêutica Pfizer, cerca de 55% da população israelita, ou seja, mais de 5,1 milhões de pessoas, já recebeu as duas doses da vacina anti-covid.

Do lado palestiniano, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, apenas 260.713 pessoas receberam as duas doses da vacina, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.

Na quarta-feira foram registados 170 casos do novo coronavírus nos territórios palestinianos, fazendo aumentar para mais de 312.000 o balanço total de infetados desde o início da pandemia, incluindo 3.540 mortes, de acordo com a mesma fonte.

Em Israel, foram registados 25 casos nas últimas 24 horas, segundo as autoridades de saúde, que contabilizam desde o início da pandemia cerca de 840.000 infetados, entre os quais 6.420 mortos.

A pandemia de covid-19, transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China, provocou pelo menos, 3,8 milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 176,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço da agência France Presse.

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