Primeira campanha da sociedade civil de Macau apela à vacinação
Um conjunto de personalidades da sociedade civil de Macau associou-se à campanha de apelo à vacinação contra a covod-19 lançada hoje pela plataforma digital de notícias e em inglês The Macao News.
© Getty Images
Mundo Covid-19
O objetivo da campanha "Não hesite, vacine-se", em inglês "This is our shot", protagonizada por personalidades ligadas aos negócios, arte e educação, é conseguir a rápida imunidade da população território contra a covid-19, numa altura em que apenas 26% dos residentes estão vacinados e quando as autoridades continuam a apelar para a vacinação, tendo em conta a situação que se vive na vizinha província chinesa de Guangdong.
Entre os participantes no vídeo da campanha, que vai passar em autocarros e táxis de Macau, contam-se o presidente da comissão executiva do Banco Nacional Ultramarino (BNU) do grupo Caixa Geral de Depósitos, Carlos Cid Álvares, a deputada e professora na Universidade de Macau Agnes Lam, o presidente da Associação Industrial e Comercial, Kevin Ho, o arquiteto e empresário Carlos Couto, o fundador do MOME e diretor do Macau Pass, Joe Liu, e o ambientalista Joe Chan.
"Parabéns. Todos somos poucos para levar avante esta meritória e indispensável ação", afirmou o responsável do BNU.
"É a primeira campanha de Macau organizada pela sociedade civil e espero que consiga mobilizar a população para se vacinar, numa altura tão importante da vida do território", considerou Joe Liu.
Para Kevin Ho, presidente da empresa KNJ que detém 35,25% do capital da Global Media de Portugal e um dos delegados de Macau à Assembleia Popular Nacional da China, afirmou esperar que a campanha "possa ajudar a mobilizar a população e dar-lhe confiança para se vacinar"
Macau identificou até agora 53 casos de covid-19, mas não registou qualquer morte desde o início da pandemia. Nenhum profissional de saúde foi infetado e não foi detetado qualquer surto comunitário.
As autoridades do território reforçaram as medidas preventivas devido ao surto de casos locais de covid-19 registados na vizinha província chinesa de Guangdong, exigindo agora a apresentação de um código de saúde 'online' na maioria de espaços públicos, incluindo transportes, que diferencia por cores (verde, amarelo e vermelho) o risco potencial de contágio.
Guangdong, que registou mais de 100 casos locais desde 21 de maio, é o ponto de origem responsável pelo maior impacto turístico e força de trabalho em Macau, mas o registo de casos na província está a traduzir-se numa diminuição no número de visitantes na capital mundial do jogo, que mostrava sinais de recuperação, após um ano em que a ausência de turistas afetou fortemente a economia da região especial chinesa.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.844.390 mortos no mundo, resultantes de mais de 177,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.061 pessoas dos 862.926 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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