Em comunicado, a organização com sede em Londres pediu aos Estados-membros do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que tomem "medidas concretas para lidar com a impunidade sistemática no Irão".
"O facto de Ebrahim Raïssi ter chegado à presidência em vez de ser investigado por crimes contra a humanidade, assassinato, desaparecimentos forçados e tortura, é uma confirmação de que a impunidade reina no Irão", afirmou a AI.
A organização de direitos humanos acusou Raïssi de ser membro de uma "Comissão da Morte", que considera ser responsável pelos desaparecimentos forçados e execuções extrajudiciais em segredo, de milhares de pessoas.
Os opositores ao regime foram detidos enquanto Raïssi trabalhava como procurador-adjunto no Tribunal Revolucionário de Teerão, em 1988.
Questionado em 2018 e 2020 sobre essas execuções, o agora presidente negou ter tido qualquer envolvimento, mas elogiou essa "ordem de purificação" dada, segundo ele, pelo aiatola Khomeini, fundador da República Islâmica do Irão.
Segundo a AI, "o destino das vítimas e a localização dos corpos estão até hoje ocultados pelas autoridades iranianas, o que [também] corresponde a crimes contra a humanidade".
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