"Lembramos as preocupações que expressamos regularmente em relação à situação dos direitos humanos no Irão e dos nossos cidadãos detidos neste país, que continuaremos a acompanhar de perto", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Agnes Von der Muhll.
O novo Presidente iraniano, eleito na sexta-feira, garantiu hoje sempre ter "defendido os direitos humanos", enquanto os Estados Unidos e várias organizações ocidentais o acusam de tortura e de execuções sumárias durante o seu longo mandato nos serviços judiciários.
Dois franceses - o investigador Fariba Adelkhah e o turista Benjamin Brière - estão detidos no Irão, tal como uma dezena de outros ocidentais, acusados de espionagem e de ameaçarem a segurança do Estado, o que refutam.
"Reafirmamos o nosso desejo de um regresso à plena implementação do acordo nuclear de Viena, para o qual a diplomacia francesa está totalmente mobilizada", acrescentou Agnes von der Mühll.
Durante a campanha presidencial, Raissi lembrou que a prioridade do seu país é obter o levantamento das sanções americanas.
O acordo sobre o programa nuclear iraniano ficou fragilizado, em 2018, com a decisão do ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar unilateral, acusando Teerão de não cumprir os seus termos.
Com a chegada de Joe Biden à Casa Branca, em janeiro passado, as negociações foram retomadas para salvar o acordo.
Nessas conversas, em Viena, os ocidentais exigem, além do regresso ao respeito pelo acordo, cedências sobre o programa balístico iraniano e sobre a influência regional do Irão, que consideram desestabilizadora para uma série de países na região.
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