Para marcar a ocasião, o Presidente hondurenho, Juan Orlando Hernandez, e o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, assinaram hoje vários acordos de cooperação bilateral, segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press.
Bennett disse que a abertura da embaixada das Honduras em Jerusalém e a planeada reabertura da missão diplomática de Israel em Tegucigalpa são "outra demonstração da profunda amizade e ligação" entre os dois países. O Estado hebreu teve uma embaixada nas Honduras até à década de 1990.
Hernandez, que visitou Jerusalém em 2019, prometeu, na altura, mudar a embaixada do seu país para a cidade, tendo o então primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, prometido por seu turno reabrir a embaixada de Tegucigalpa.
A decisão da administração Trump de cumprir uma promessa de longa data dos Estados Unidos e transferir a embaixada para Jerusalém, após o reconhecimento por Washington de que a cidade era a capital de Israel, quebrou o consenso internacional e enfureceu os palestinianos.
A ação norte-americana foi seguida alguns dias depois pela Guatemala e pelo Paraguai, mas este mudou de ideias após cerca de três meses e a sua representação diplomática regressou a Telavive. Antes das Honduras, o Kosovo também tinha aberto uma embaixada em Jerusalém.
Israel considera Jerusalém a sua capital indivisível, mas os palestinianos reclamam a zona oriental da cidade para capital do Estado a que aspiram. Jerusalém Oriental, a parte palestiniana da cidade, inclui a Cidade Velha, com locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos.
Jerusalém Oriental foi ocupada pelos israelitas em 1967 e posteriormente anexada.
A maioria dos países tem embaixada em Telavive devido ao disputado estatuto de Jerusalém, uma das questões mais sensíveis no conflito do Médio Oriente.
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