Minsk ameaça com medidas de resposta contra sanções da União Europeia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia anunciou hoje que o país não vai "ficar calado" perante as novas sanções económicas impostas quinta-feira pela União Europeia. 

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Lusa
25/06/2021 11:38 ‧ 25/06/2021 por Lusa

Mundo

Bielorrússia

"A Bielorrússia não vai ficar calada e, nas próximas semanas, vai pôr em marcha paulatinamente medidas de resposta", ameaça um comunicado divulgado pelo portal da diplomacia de Minsk. 

A mesma nota acrescenta que os políticos europeus já deviam ter compreendido "há muito tempo" que com Minsk não se pode falar utilizando a "linguagem das pressões e das sanções". 

Mesmo assim, o mesmo comunicado indica que a Bielorrússia continua com disposição para o diálogo, mas "numa base de igualdade", com os países que encaram Minsk como parceiro e não como "alvo de pretensões geopolíticas". 

A União Europeia impôs na quinta-feira sanções económicas à Bielorrússia devido ao agravar da situação relacionada com a violação dos Direitos Humanos no país, repressão violenta contra a sociedade civil, oposição e imprensa. 

As sanções são igualmente uma resposta ao caso do desvio de um avião comercial, que foi forçado a aterrar em Minsk, após um falso alerta de bomba, com o intuito de prender o jornalista da oposição Roman Protasevich e a namorada.

As sanções incluem restrições ao comércio de produtos petrolíferos e bens utilizados na produção de tabaco. 

As sanções económicas proíbem a venda, transferência ou exportação direta ou indireta de equipamentos tecnológicos que possam ser usados na vigilância e interceção de comunicações por internet e telefone. 

São também impostas restrições ao acesso do país ao mercado de capitais da União Europeia.

Na quinta-feira, o presidente da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, disse que está disposto a decretar a Lei Marcial no país perante eventuais consequências das sanções europeias. 

"Não deve haver nenhum prejuízo (económico) em nenhuma empresa. Aplicaremos a Lei Marcial, se for necessário", disse o chefe de Estado.

 

Leia Também: Autoridades bielorrussas colocam Roman Protasevich em prisão domiciliária

 

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