O ministro da Nova Zelândia responsável pela luta contra a covid-19, Chris Hipkins, anunciou que esta suspensão dará às autoridades tempo para aplicar novas medidas "para tornar a 'bolha' mais segura, como a realização de testes antes da partida em todos os voos" entre os dois países.
"Dado o alto nível de transmissibilidade do que parece ser a variante Delta e o facto de que agora existem vários focos (na Austrália), esta é a medida certa a fazer para manter a covid-19 fora da Nova Zelândia", adiantou, citado pela AFP.
Hipkins afirmou que compreendia os incómodos causados por esta alteração, ao salientar que a Nova Zelândia continua empenhada em manter sem quarentena as viagens com a Austrália.
O anúncio ocorre no dia em que começou um confinamento de duas semanas em Sydney para conter a propagação da variante Delta da covid-19, altamente contagiosa, na maior cidade da Austrália.
Mais de 80 pessoas testaram positivo, esta semana, em Sydney, todas com ligações a um motorista que conduziu tripulações de companhias aéreas, do aeroporto de Sydney para hotéis em quarentena.
Alguns casos também foram registados no território do Norte, estado de Victoria e Queensland, nos últimos dias.
A Nova Zelândia já suspendeu a "bolha aérea" cinco vezes com os estados australianos, mas esta é a primeira vez que interrompe as viagens sem quarentena com toda a Austrália.
Os dois países estão entre os melhores do mundo a travar a covid-19.
A Nova Zelândia registou apenas 26 mortes para uma população de cinco milhões, e a Austrália viu menos de 1.000 mortes em 25 milhões de pessoas.
A 'bolha aérea' entre os dois países foi lançada em meados de abril, mais de um ano após o encerramento das suas fronteiras internacionais devido à pandemia. Foi apontado como um marco importante no reinício da indústria global de viagens.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos 3.903.064 vítimas em todo o mundo, resultantes de mais de 179.931.620 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.081 pessoas e foram confirmados 871.483 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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