"Encontrámos quatro corpos nos escombros, bem como restos humanos", afirmou Daniella Levine Cava em conferência de imprensa, acrescentando que até hoje, uma pessoa morreu no hospital em consequência do desabamento e oito cadáveres foram retirados dos escombros do edifício que ruiu parcialmente na manhã de quinta-feira.
Mais de 150 pessoas continuam desaparecidas entre as ruínas das Torres Champlain, na localidade de Surfside.
Imagens de vídeo mostram que o centro do condomínio, formado por três torres adjacentes, parece desabar primeiro, com uma secção mais próxima do mar a oscilar e cair segundos depois, provocando uma enorme nuvem de pó.
Equipas do México e de Israel estão a colaborar nas buscas, dificultadas por um incêndio nos escombros.
As autoridades ainda não adiantaram a causa do colapso do prédio, e a investigação deverá levar meses, alertaram especialistas.
Um relatório realizado por uma empresa de engenharia em 2018, divulgado no sábado, indicava danos estruturais "significativos" nas Torres Champlain, bem como "fissuras" na cave do edifício, recomendando reparações.
Outro estudo realizado em 2020 referia que as Torres Champlain, construídas em 1981, tinham afundado cerca de dois milímetros por ano entre 1993 e 1999, mas o autor do documento afirmou que isso, só por si, não deveria provocar o colapso do edifício.
O teto do prédio estava a ser alvo de obras, mas ainda se desconhece se essa intervenção estará relacionada com o acidente.
O município de Miami-Dade ordenou uma inspeção de todos os edifícios com mais de 40 anos situados na orla marítima, nos próximos 30 dias.
As torres, localizadas a uma dezena de quilómetros de Miami Beach, acolhiam residentes permanentes e sazonais.
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