Brasil: Anvisa recebe pedido de uso de emergência da vacina Covaxin

A vacina contra a covid-19 Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech e cuja aquisição está a ser investigada pela justiça brasileira, solicitou um pedido de uso de emergência à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil.

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Lusa
29/06/2021 16:26 ‧ 29/06/2021 por Lusa

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Num comunicado, a agência reguladora do Brasil destacou que a solicitação foi feita pela empresa Precisa Comercialização de Medicamentos.

Segundo a Anvisa, os técnicos da agência começarão agora um processo de triagem dos documentos presentes no pedido.

"As primeiras 24 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários para avaliação estão disponíveis. Se houver informações importantes faltando, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório", referiu o órgão regulador.

No início do mês de junho, a Anvisa autorizou a importação excecional de 4 milhões de doses da Covaxin, mas não o seu uso de emergência. O medicamento ainda não foi enviado para o Brasil.

A aquisição da vacina indiana Covaxin, celebrada num contrato de intenção de compra firmado entre o Governo brasileiro e a Precisa Medicamentos -- empresa que faz a intermediação do contrato de aquisição deste imunizante já que a Bharat Biotech não tem escritório no país -, está a ser investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 que funciona no Senado, câmara alta do Congresso brasileiro, e pelo Ministério Público Federal (MPF).

Na segunda-feira, um grupo de senadores enviou uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a abertura de uma investigação contra o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que apontaram como suspeito de cometer crime de prevaricação num caso que envolve a Covaxin.

As suspeitas que envolvem Bolsonaro tornaram-se públicas na semana passada quando o deputado federal Luis Miranda e o seu irmão Luis Ricardo Miranda, que é funcionário do Ministério da Saúde brasileiro, afirmaram, num depoimento à CPI, que alertaram pessoalmente o chefe de Estado sobre supostas irregularidades no contrato de compra deste imunizante.

Com o pedido de uso no Brasil, os técnicos da Anvisa terão um prazo de sete até 30 dias para fazer a análise dos documentos.

No comunicado, a agência reguladora frisou que "a análise do pedido de uso emergencial é feita por uma equipa multidisciplinar que envolve especialistas das áreas de registo, monitoramento e inspeção de medicamentos".

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 514.095 vítimas mortais e mais de 18,4 milhões de casos confirmados de covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.925.816 mortos no mundo, resultantes de mais de 181 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

Leia Também: AO MINUTO: Imunidade de grupo tem de ser revista; Bares? Só com vacina

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