O número de mortos no colapso parcial de um prédio em Miami, nos Estados Unidos, voltou a aumentar. O novo balanço dá conta de um total de 20 vítimas mortais, com a confirmação do óbito da filha de um bombeiro. A menina tinha apenas sete anos.
Avançam os meios norte-americanos que o corpo da criança foi um dos dois que as autoridades retiraram, esta madrugada, dos escombros do edifício. O pai não estava envolvido no processo da procura e recolha dos cadáveres.
Francis Suarez, o autarca local, indicou, esta sexta-feira, que o colapso do edifício está a tocar toda a comunidade: "Isto assombra muitos de nós, porque quase todos conhecemos alguém que estava no prédio ou afetado por esta tragédia".
As buscas por sobreviventes e a recolha de cadáveres prossegue no local, numa altura em que ainda 128 pessoas estão dadas como desaparecidas. As famílias das pessoas que estavam dentro do edifício no momento do colapso começam a perder a esperança, com muitos a considerarem que "seria preciso um milagre" para que houvesse um final feliz.
O colapso das Torres Champlain
Desde o colapso de parte das Torres Champlain, um edifício com 136 apartamentos situado na localidade de Surfside, que as equipas de resgate não pararam as buscas. Numa questão de segundos, por razões ainda por determinar, 55 apartamentos ruíram.
Imagens de vídeo mostram que o centro do condomínio, formado por três torres adjacentes, parece desabar primeiro, com uma secção mais próxima do mar a oscilar e cair segundos depois, provocando uma enorme nuvem de pó.
As autoridades ainda não adiantaram a causa do colapso do prédio, e a investigação deverá levar meses, alertaram especialistas.
Um relatório realizado por uma empresa de engenharia em 2018, divulgado nas últimas horas, indicava danos estruturais "significativos" nas Torres Champlain, bem como "fissuras" na cave do edifício, recomendando reparações.
Outro estudo realizado em 2020 indicava que as Torres Champlain, construídas em 1981, tinham afundado cerca de dois milímetros por ano entre 1993 e 1999, mas o autor do documento afirmou que isso, só por si, não deveria provocar o colapso do edifício.
O teto do prédio estava a ser alvo de obras, mas ainda se desconhece se essa intervenção estará relacionada com o acidente.
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