As autoridades sanitárias contabilizaram 61 mortes, elevando para 2.141 o total de óbitos desde o início da pandemia.
Cerca de 90% dos 270.921 casos da doença identificados no país e 95% das mortes ocorreram durante o surto que começou no início de abril. Só em junho, a Tailândia registou 992 mortos.
O número de doentes nas unidades de cuidados intensivos e a utilização de ventiladores aumentaram em todo o país nas últimas duas semanas.
O centro de gestão da covid-19 do Governo tailandês indicou que 39% dos novos casos comunicados na sexta-feira foram em Banguecoque, 25% nas províncias vizinhas e 36% nas outras 71 províncias.
O porta-voz adjunto do Centro Apisamai Srirangsan disse que as autoridades de Banguecoque devem criar urgentemente estações de isolamento para separar infetados nas comunidades locais e acrescentar camas para tratamento de casos graves.
Críticos têm acusado, desde o início do ano, o Governo do primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, de não ter assegurado o fornecimento atempado e adequado de vacinas, e os esforços para obter mais têm prosseguido lentamente.
O epidemiologista Kamnuan Ungchoosak disse, na sexta-feira, numa reunião do Ministério da Saúde tailandês, que a chegada da variante Delta do novo coronavírus, que se acredita ser mais contagiosa, poderá elevar já este mês para 1.400 o número de mortes, e para mais nos próximos meses.
Cerca de 80% dos óbitos ocorrem em idosos e doentes crónicos, que se forem vacinados poderá reduzir significativamente a taxa de mortalidade e a procura de camas nos cuidados intensivos, disse.
Mas as autoridades tailandeses estão a detetar surtos entre outros grupos, como trabalhadores da construção civil e de restaurantes, que também precisam de ser vacinados, acrescentou.
"Atualmente, estas atividades foram suspensas, mas o número de casos não está a diminuir e a economia é má. Mas se nos concentrarmos nos idosos e nos doentes crónicos, talvez não tenhamos de encerrar negócios", disse Kamnuan.
De acordo com a subcomissão governamental de gestão de vacinas contra a covid-19, apenas dois milhões idosos e doentes crónicos, dos cerca de 16 milhões existentes no país, foram vacinados até agora.
Na quinta-feira, a Tailândia reabriu a ilha de Phuket, no sul do país, aos turistas estrangeiros, numa tentativa de reavivar a indústria turística, que representa quase um quinto da economia do reino e a definhar desde março do ano passado, quando as fronteiras foram encerradas.
O Governo tailandês está a apostar num modelo que permite aos viajantes totalmente vacinados permanecer no local, sem passar por uma quarentena.
Devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19, a Tailândia registou o pior desempenho económico em 2020 desde a crise asiática de 1997. O país recebia cerca de 40 milhões de viajantes todos os anos.
Depois de Phuket, onde quase 90% dos hotéis tiveram de fechar, Koh Samui deverá reabrir ainda este mês e o resto do país em outubro.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.957.862 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 182,5 milhões de casos de infeção, segundo o balanço mais recente feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.108 pessoas e foram confirmados 884.442 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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