A informação foi anunciada pelo Departamento de Estado norte-americano, num comunicado divulgado hoje no seu portal.
"O secretário Blinken expressou a nossa grande preocupação com a crise humanitária na região de Tigray e apelou para um acesso humanitário imediato, completo e sem entraves para evitar mais perdas de vidas humanas", refere o documento.
"O secretário reafirmou também o empenho dos Estados Unidos na agenda de reformas da Etiópia e o nosso apoio às próximas eleições nacionais, paz e segurança, democracia e direitos humanos, justiça e responsabilidade e prosperidade económica para todos os etíopes", conclui a nota.
O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, Prémio Nobel da Paz em 2019, lançou uma intervenção militar em 04 de novembro para derrubar a TPLF, o partido eleito e no poder no estado.
O Exército federal etíope foi apoiado por forças da Eritreia. Depois de vários dias, Abiy Ahmed declarou vitória em 28 de novembro, com a captura da capital regional, Mekele, frente à TPLF, partido que, até à chegada de Abiy Ahmed, controlou a Etiópia durante quase 30 anos.
No entanto os combates continuaram e as forças eritreias são acusadas de conduzirem vários massacres e crimes sexuais.
No passado dia 28, Adis Abeba anunciou um cessar-fogo unilateral, aceite, em princípio, pelas forças de Tigray.
Na passada sexta-feira, as Nações Unidas alertaram para a deterioração "dramática" da situação humanitária na região, destacando que há cerca de 400.000 pessoas em situação de fome e 1,8 milhões em risco.
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