Vladimir Putin decidiu provocar os produtores de champanhe franceses ao assinar na passada sexta-feira uma lei que obriga todos os produtores que não sejam russos a identificarem as suas garrafas como espumante, de acordo com o The Guardian.
A nova lei russa não foi bem recebida pelos produtores de champanhe franceses, para quem o champanhe “só pode ser de Champagne”, a região de França famosa pela produção desta bebida.
Um dia após Putin ter assinado a controversa lei, o produtor de champanhe Möet Hennessy, que faz parte do grupo LVMH, ameaçou suspender as exportações para a Rússia. Mas a ameaça só durou o fim de semana. Na segunda-feira, a empresa anunciou que iria retomar as exportações do champanhe para a Rússia.
“As casas de champanhe Möet Hennessy respeitaram sempre as leis em funcionamento nos países onde operam e vão recomeçar as entregas assim que consigam fazer as alterações nos rótulos”, assegurou a empresa.
Uma posição mais dura teve o Comité de Champagne, que salientou que a região estava “escandalizada” com a legislação russa e apelou às autoridades francesas e europeias para exigirem a “modificação desta inaceitável lei”. O comité insistiu ainda na suspensão das exportações de champanhe para a Rússia.
“Privar as pessoas de Champagne do direito de usar este nome é escandaloso. É a nossa herança comum. O nome de Champagne é protegido em mais de 120 países”, declararam Maxime Toubart e Jean-Marie Barillère, copresidentes do Comité de Champagne.
A Rússia importa quase 50 milhões de litros de espumante por ano. O champanhe francês representa 13% deste mercado.
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