"As forças internacionais estão a regressar aos seus respetivos países depois de 20 anos aqui, mas o país pode ser controlado", afirmou, confiante na capacidade do seu governo de gerir a crise, apesar de dezenas de distritos afegãos terem caído nas mãos dos talibãs nas últimas semanas.
Os combates entre os talibãs e as forças afegãs continuaram hoje pelo segundo dia consecutivo em Qalai-i-Naw, tendo o governo enviado centenas de comandos através de helicóptero para a província de Badghis para conter a ofensiva dos insurgentes.
Em Londres, o primeiro-ministro britânico, Boris Johson, anunciou que a maioria dos soldados britânicos já tinha deixado o Afeganistão, como parte da retirada das forças da NATO.
"Não revelarei o calendário da nossa retirada, mas posso dizer à Câmara [de Deputados] que a maioria das nossas tropas já saiu", afirmou hoje aos deputados.
Um total de 454 militares britânicos morreram no Afeganistão durante o destacamento, uma taxa de mortalidade muito maior em comparação com o envolvimento do Reino Unido no Iraque.
As últimas tropas de combate do Reino Unido deixaram o Afeganistão em outubro de 2014, tendo cerca de 700 tenham permanecido como parte de uma missão da NATO para treinar as forças afegãs.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve falar hoje sobre a retirada do Afeganistão, após uma reunião com a equipa de segurança nacional.
Os militares americanos anunciaram na terça-feira que 90% das tropas e equipamentos americanos já haviam deixado o país, com a retirada prevista para terminar no final de agosto.
Na semana passada, as autoridades americanas desocuparam o maior campo de aviação do país, a Base Aérea de Bagram, o epicentro da guerra para derrubar os talibãs e capturar os líderes da Al-Qaida após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2011 em Nova Iorque.
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