"Preocupa-nos que estas medidas possam ser discriminatórias contras as pessoas não vacinadas", disse o porta-voz do executivo comunitário para a Justiça, Christian Wigand, na conferência de imprensa diária da Comissão, acrescentando que Bruxelas pediu explicações ao Governo de La Valeta.
"As medidas que restringem a livre circulação devem ser proporcionadas e não discriminatórias", salientou Wigand, acrescentando que "um certificado de vacinação não pode ser uma pré-condição para o exercício da livre circulação", um principio garantido no regulamento do certificado digital covid-19 da UE.
As autoridades de Malta informaram Bruxelas e os Estados-membros sobre as novas restrições entrarão em vigor em 14 de julho, invocando o aumento do número de casos de covid-19, nomeadamente devido à variante Delta.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.013.756 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 185,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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