"A vacinação não é obrigatória para toda a gente, mas vamos estender a obrigação do passe sanitário ao máximo, para vos levar a vacinar-se", disse hoje Emmanuel Macron numa comunicação ao país.
Até agora, o passe sanitário era apenas obrigatório em França para viagens de avião e eventos com mais de 1.000 pessoas. A partir de agora, vai alargar-se à maior parte das atividades fora de casa, incluindo grandes espaços comerciais como centros comerciais.
Para além deste alargamento da utilização do passe sanitário, os testes PCR feitos sem receita vão deixar de ser reembolsados a partir do outono, levando também mais pessoas a vacinarem-se contra a covid-19, especialmente numa altura em que as autoridades receiam a disseminação da variante Delta, detetada originalmente no Reino Unido.
"Todas as vacinas disponíveis em França protegem-nos de forma sólida contra a variante Delta", disse o Presidente.
Para travar esta variante do vírus, o Presidente anunciou o restabelecimento do estado de emergência nas regiões ultramarinas da Martinica e na ilha da Reunião, com a instauração de um novo recolher obrigatório.
O passe sanitário a apresentar em França será válido quando a vacinação com as duas doses estiver concluída ou com um teste PCR ou antigénico negativo com menos de 24 horas. Um teste positivo à covid-19 será também válido com mais de duas semanas e menos de seis meses.
Este passe pode ser apresentado em formato digital ou em papel.
Ao contrário do que era esperado, o Presidente francês não fez qualquer anúncio sobre restrições de viagem na União Europeia, nem especificamente para Portugal e Espanha, depois de na semana passada o secretário de Estado dos Assuntos Europeus francês, Clément Beaune, ter "desaconselhado" viagens para estes dois países.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.035.567 mortos em todo o mundo, entre mais de 186,7 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.164 pessoas e foram registados 909.756 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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