A Hungria vai dar à população a opção de poder ser inoculada com uma terceira dose de uma vacina contra a Covid-19 - a partir de 1 de agosto - e vai tornar obrigatória a vacinação de todos os profissionais de saúde, indicou o primeiro-ministro, Viktor Orban, esta sexta-feira, a uma rádio estatal.
Adianta a Reuters que caberá aos médicos tomar a decisão acerca de qual a vacina que será dada a cada pessoa na eventual terceira dose. Esta deverá ser administrada pelo menos quatro meses após a segunda injeção.
De recordar que a Hungria é um dos países europeus com mais cidadãos vacinados contra o novo coronavírus e que mais rapidamente está a realizar o processo.
Para tal, contribuiu o facto de este ser o único país da União Europeia que disponibilizou aos habitantes - além da Pfizer, AstraZeneca e Moderna - os fármacos da Rússia e da China, ainda não aprovados pelo regulador europeu.
Hungary to offer third dose of COVID-19 vaccine, PM says https://t.co/Su7G0VFeiy pic.twitter.com/2wxEyZBELE
— Reuters (@Reuters) July 16, 2021
Esta decisão de Orban de dar a hipótese de uma terceira inoculação, recorde-se, vem 'bater de frente' com uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). O organismo pediu, esta quinta-feira, aos países membros que sejam "extremamente cautelosos" e "não se sintam tentados" a começar a administrar terceiras doses de reforço de vacinas anti-covid.
Os dados científicos "não justificam de momento" essa dose de reforço, que, além do mais, "aumenta a desigualdade" quando muitos países em desenvolvimento não puderam imunizar as populações mais vulneráveis, advertiu o médico Didier Houssin, presidente do Comité de Emergência da OMS para a Covid-19.
De acordo com os dados oficiais, desde o início da pandemia, a Hungria registou 30.013 mortes e 808.661 casos relacionados com o novo coronavírus.
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