"Estão a matar pessoas. A única pandemia que temos está a afetar pessoas que não foram vacinadas. Estão a matar pessoas", afirmou Biden, citado pela agência de notícias France Presse (AFP), que explica que o presidente tinha sido questionado sobre grupos como o Facebook.
A declaração de Biden surge um dia depois de o cirurgião-geral dos EUA, Vivek Murthy, ter feito um discurso no mesmo sentido, pedindo um esforço nacional para combater a desinformação sobre a covid-19 e a vacinação.
No seu primeiro comunicado enquanto cirurgião geral do presidente Joe Biden, Murthy focou-se na pandemia e alertou para o facto de as informações falsas levarem a que muita gente rejeite as vacinas e os conselhos de saúde pública, como o uso de máscaras ou o distanciamento social.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 600 mil mortes nos Estados Unidos mas o ritmo de vacinação começou a diminuir no país.
Vivek Murthy acredita que esta oposição à vacina foi sendo alimentada por fakenews.
Tendo em conta o papel da internet na disseminação de informações incorretas, Murthy pediu às empresas de tecnologia e plataformas de media que façam mudanças nos seus produtos e software para que se consiga reduzir a disseminação de informações incorretas e, ao mesmo tempo, aumentar o acesso a fontes fidedignas.
O Facebook, YouTube, Twitter e outras plataformas têm criado sistemas para tentar controlar a desinformação. O Twitter, por exemplo, anunciou esta quinta-feira que removeu mais de 40 mil publicações que violavam as regras de desinformação covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou mais de quatro milhões de mortos em todo o mundo, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.194 pessoas e foram registados 922.747 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
No entanto, neste momento, mais de 40% da população em Portugal já está totalmente vacinada contra o novo coronavirus e, segundo a Direção-Geral da Saúde, apenas 0,1% das pessoas com vacinação completa foi infetada com o vírus.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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