Administração Biden destaca cooperação com Panamá em segurança e migração

A administração de Joe Biden destacou hoje a estreita colaboração que tem desenvolvido nos últimos anos entre os Estados Unidos e o Panamá nas áreas da segurança, migração e crescimento económico.

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© ROBYN BECK/AFP via Getty Images

Lusa
27/12/2024 23:03 ‧ há 15 horas por Lusa

Mundo

Estados Unidos

A afirmação foi feita por Brian Nichols, funcionário do Departamento de Estado responsável pela América Latina, durante um telefonema com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Panamá, Javier Martínez-Acha, no meio da polémica desencadeada pelos comentários do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, sobre o Canal do Panamá.

 

"Expressei o meu apreço pelo forte apoio e colaboração do Panamá em questões de segurança regional, migração e economia nos últimos três anos", disse Nichols nas redes sociais após a conversa.

O diplomata norte-americano acrescentou que "o Panamá e os Estados Unidos têm uma longa e bem-sucedida parceria que continuará a beneficiar" os cidadãos de ambas as nações.

O Presidente panamiano José Raúl Mulino negou na quinta-feira qualquer ingerência chinesa no Canal do Panamá e rejeitou uma possível negociação com os EUA sobre alterações, após o presidente eleito norte-americano, Donald Trump, ter ameaçado recuperar o controlo desta passagem.

"Não há possibilidade de este presidente [Mulino] discutir algo que procure repensar a realidade jurídico-política do Canal do Panamá sob controlo panamiano. Se a intenção é falar, não há nada a dizer", garantiu o chefe de Estado do país da América Central, durante uma conferência de imprensa.

"O canal pertence aos panamianos, pelo que não há possibilidade de iniciar qualquer tipo de conversa sobre uma realidade que custou ao país lágrimas, suor e sangue", acrescentou.

O presidente eleito norte-americano, que toma posse em 20 de janeiro, acusou ainda a China de estar por trás das operações do canal, embora operado pela Autoridade do Canal do Panamá (ACP), um organismo público e autónomo panamiano.

"Não há absolutamente nenhuma interferência ou participação chinesa em nada relacionado com o Canal do Panamá (...), não há soldados chineses no canal, por amor de Deus", frisou Mulino.

"Estes podem ser receios geopolíticos que podem ter alguma validade do seu ponto de vista, mas, no que diz respeito ao Panamá, isso não é absolutamente verdade", acrescentou.

Na segunda-feira, a China assegurou que o Canal do Panamá "é uma grande criação do povo" do Panamá e disse que "sempre respeitou a justa luta do povo panamiano pela soberania" sobre esta via.

Também o Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, garantiu que "até às últimas consequências" estará "ao lado do Panamá e na defesa da sua soberania", e criticou os "erros e contradições" de Trump.

O Canal do Panamá foi construído pelos Estados Unidos, que o inauguraram em 1914 e o administraram até à sua transferência para o Estado panamiano, em 31 de dezembro de 1999, conforme estabelecido nos Tratados Torrijos-Carter, assinados em 7 de setembro de 1977, em Washington, pelo então Presidente panamiano Omar Torrijos (1929-1981) e pelo Presidente americano Jimmy Carter (1977-1981).

Leia Também: Putin afirma que Biden propôs em 2021 adiar adesão da Ucrânia à NATO

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