Colômbia acusa Venezuela de atentado contra Iván Duque e Caracas desmente

A Colômbia acusou hoje a Venezuela de envolvimento nos ataques contra a Brigada Militar 30 (no Norte de Santander) e contra o helicóptero em que viajava o Presidente colombiano Iván Duque, ocorridos em 15 e 26 de junho, respetivamente.

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Lusa
22/07/2021 20:52 ‧ 22/07/2021 por Lusa

Mundo

Brigada Militar 30

 

A Venezuela refuta a acusação e acusa a Colômbia de tentar ocultar a tragédia da violência no seu território.

A acusação foi feita pelo ministro da Defesa colombiano, Diego Molano, em Bogotá, durante uma conferência de imprensa conjunta com o procurador-geral colombiano, Francisco Barbosa, e o diretor-geral da Polícia Nacional da Colômbia, que visou divulgar os detalhes da investigação sobre os atentados.

"Está claro que este atentado foi planeado a partir da Venezuela e, portanto, a comunidade internacional deve refletir sobre o facto de o regime de Maduro, continuar a abrigar terroristas desde onde se atenta contra a Colômbia", disse, precisando que foram detidas 10 pessoas.

Segundo o ministro colombiano, trataram-se de ações terroristas realizadas pela Frente 33, composta por dissidentes das subversivas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

O diretor-geral da polícia colombiana, general Jorge Vargas, explicou que as ordens para realizar os atentados foram dadas a partir de acampamentos na Venezuela.

"Existem provas periciais recolhidas, avalizadas por um juiz, e há uma ligação entre o ataque à Brigada 30 e pessoas que vieram de Catatumbo para atacar o Presidente Iván Duque", disse.

As investigações, segundo o oficial permitiram determinar como foi feito o transporte de materiais, de onde surgiu o dinheiro para o carro armadilhado, usado na Brigada 30, as reuniões realizadas e como foi ativado o engenho explosivo.

O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, refutou as acusações, que atribui a uma tentativa de ocultar a tragédia na Colômbia.

"Utilizam outra vez utilizam a Venezuela para tentar ocultar a tragédia no seu país: cheio de violência e de grupos armados, cuja economia e classe política se baseiam no narcotráfico, uma polícia repressora, massacres e assassínios diários de líderes sociais, exportadores de mercenários assassinos", escreveu Jorge Arreaza na rede social Twitter.

Em 15 de junho último um carro armadilhado explodiu na Brigada Militar 30, onde se encontravam militares dos Estados Unidos, provocando 36 feridos, entre eles dois civis.

Dez dias depois, em 25 de junho, o helicóptero da Força Aérea Colombia, em que viajava o Presidente colombiano Iván Duque, foi atacado desde terra e vários projéteis atingiram a aeronave.

Segundo a imprensa local, o helicóptero aterrava em Cúcuta, de uma viagem ao Catatumbo.

Leia Também: Caracas acusa Colômbia de conspiração e pede detenção de opositores

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