Líderes dos Emirados e de Israel debatem paz no Médio Oriente
príncipe herdeiro do Abu Dabi, Mohamed bin Zayed, recebeu hoje a primeira chamada telefónica do chefe do Governo israelita, Naftali Bennett, desde que assumiu o poder em junho, para debater a paz no Médio Oriente.
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Mundo Paz
De acordo com fontes oficiais, os dois responsáveis "expuseram diversos temas regionais, em particular as tentativas para garantir a paz e prosperidade para todos os povos da zona e do mundo", segundo a WAM, a agência noticiosa oficial dos Emirados Árabes Unidos (EAU).
No contacto, Bin Zayed felicitou Bennett por assumir o cargo de primeiro-ministro israelita e afirmou que pretende concretizar "um trabalho conjunto para a paz, a estabilidade e o desenvolvimento para a região e todos os seus povos, assim como de todo o mundo", prosseguiu a WAM.
Por sua vez, e em comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita, Bennett expressou o seu agradecimento ao príncipe herdeiro e líder de facto dos Emirados pela inauguração da embaixada do seu país em Israel e por receber o ministro dos Negócios Estrangeiros do Estado judaico, Yair Lapid.
Bennett destacou ser de "grande importância" a relação "estratégica entre os dois países que se reflete em numerosas áreas", e sublinhou que "a aproximação dos EAU a Israel constitui uma importante alteração que inspira outros países e líderes da região".
Israel estabeleceu relações diplomáticas com os Emirados em agosto de 2020, uma iniciativa da ex-administração do EUA de Donald Trump, a que se seguiram o Bahrein, Sudão e Marrocos.
Em 14 de julho, os EAU inauguraram a sua embaixada em Israel, situada em Telavive, num novo passo na normalização das relações entre os dois países, e que ocorreu duas semanas após a abertura oficial da delegação diplomática israelita em Abu Dabi.
A abertura da embaixada dos EAU em Telavive registou-se após a inauguração, em finais de junho, da delegação israelita nos Emirados, a primeira de Israel num país do Golfo Pérsico, e inaugurada pelo chefe da diplomacia israelita, Yair Lapid.
A normalização destes países com Israel motivou a condenação da liderança palestiniana, que se distanciou da Iniciativa de paz árabe assinada pelos membros da Liga Árabe em 2002.
Esta iniciativa condicionava o reconhecimento de Israel pelos países árabes à consumação de um acordo de paz e o fim da ocupação dos territórios palestinianos pelo Estado judaico.
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