Negociações entre UE e EUA para passaporte de vacinação estão num impasse

As negociações entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA) para reconhecer o passaporte de vacinação em ambos os territórios estão num impasse, devido à ausência de um sistema de certificação federal norte-americano.

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Lusa
24/07/2021 00:38 ‧ 24/07/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

A informação é adiantada pela Bloomberg, depois de ter consultado um memorando diplomático.

No entanto, embaixadores da UE foram informados numa reunião na quinta-feira que a Comissão Europeia está em estágio avançado de negociações com o Reino Unido e em conversações com o Japão, Austrália e Canadá.

As discussões com o governo canadiano foram descritas como promissoras e as autoridades esperam que os certificados Covid da EU sejam reconhecidos em setembro, quando o Canadá reabrir as viagens para visitantes de fora dos EUA, refere o memorando.

As negociações estão a ocorrer enquanto a Europa e grande parte do mundo ocidental começam, de forma gradual, a abrir as rotas aéreas, depois da paralisação quase total durante a pandemia.

Mas, é alertado, com a variante Delta a tornar-se dominante em grande parte da EU e as taxas de vacinação e infeção a variarem significativamente entre os países, as regras permanecem irregulares.

Alguns países exigem que as pessoas fiquem em quarentena, enquanto outros permitem apenas a entrada de pessoas vacinadas.

Os EUA têm demorado a levantar a proibição de visitantes de grande parte do continente europeu imposta por Donald Trump e mantida por Joe Biden.

A UE lançou o seu passe Covid, que também regista testes negativos, no início do mês.

A Comissão Europeia disse a embaixadores que, até 19 de julho, mais de 290 milhões de certificados foram emitidos, dos quais 230 milhões são passes de vacinação, observando ainda que, no início de julho, o tráfego aéreo havia aumentado 20% e esperava-se que atingisse mais de 60% dos níveis de 2019.

Alguns estados-membros exigem agora um passe Covid para entrar em determinados locais e eventos, como estádios de futebol e restaurantes.

O braço executivo do bloco explicou que as negociações com países fora da EU têm como objetivo garantir que os passes sejam funcionais e atendam aos padrões técnicos e de segurança.

As negociações com os EUA estão em andamento desde junho, quando os dois lados criaram uma 'task force' para analisar como retomar as viagens transatlânticas.

O conceito de passaportes de vacinação tem encontrado uma resistência significativa nas EUA, especialmente por parte dos republicanos.

O corredor do Atlântico Norte, que liga os EUA à Europa, é o setor mais lucrativo do mercado da aviação global, repleto de viajantes 'premium' que pagam a mais por lugares na primeira classe e na classe executiva.

Na semana passada, os EUA elevaram o alerta e desaconselharam as viagens para o Reino Unido, devido ao aumento das infeções pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

Entretanto, a Comissão Europeia disse que já recebeu pedidos de reconhecimento mútuo para vacinas de vários países, como a Macedónia do Norte, Turquia, Israel, Marrocos e Ucrânia, tendo já feito um acordo com a Suíça e estima-se que em breve também o fará com o Vaticano, São Marino, Andorra e Mónaco.

Leia Também: Bruxelas quer tratamento igual com certificados em restaurantes e hotéis

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