No Iraque, até hoje, mais de 1,5 milhões de pessoas foram infetadas com covid-19 e 18.347 morreram, num país com um sistema de saúde fragilizado e onde a população continua muito cética em relação às vacinas.
O porta-voz do Ministério da Saúde Saif al-Badr explicou que o recorde registado hoje "infelizmente não surpreende, devido ao não cumprimento de medidas sanitárias obrigatórias, como a proibição de reuniões ou o uso de máscaras" por parte da população.
"Este aumento deve-se provavelmente à época de festividades, que gerou muitas manifestações apesar das advertências do Ministério", acrescentou al-Badr, preocupado com a "perigosa situação de pandemia".
O maior aumento nas contaminações foi registado na região do Curdistão (norte), com mais de 3.500 casos, mais que o dobro dos casos diários registados em média nos últimos dias.
Dos 40 milhões de iraquianos, pouco mais de 1,3 milhões foram vacinados até este momento, segundo dados do Ministério, que não especifica o número de pessoas que receberam as duas doses.
As autoridades iraquianas dizem que lutam ainda contra a desconfiança nas instituições e a circulação de informações falsas, que prejudica a estratégia de combate à pandemia.
Por outro lado, dois incêndios em unidades de combate à covid-19 de um hospital em Bagdade - em abril, que provocou mais de 80 mortes - e em Nassiriya - em meados de julho, que causou 60 mortes -- agravaram a as condições do sistema hospitalar e alimentaram a raiva da população.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.163.235 mortos em todo o mundo, entre mais de 194,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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