De acordo com o grupo, esta situação está a ocorrer através de mensagens enviadas para o número de telemóvel privado e pelas redes sociais, incluindo ameaças de morte.
"É um incidente particularmente alarmante, a Liga da Juventude Comunista de Henan pediu aos seus 1,6 milhões de seguidores na rede social chinesa Weibo (equivalente chinês ao Twitter) para relatar o paradeiro do repórter da BBC em Xangai Robin Brant, depois de ele se ter tornado objeto de assédio 'online'", lê-se no texto.
Casos relatados pelos próprios jornalistas através das suas contas pessoais no Twitter mostram cenas em que são cercados por grupos de pessoas, insultados, repreendidos por um suposto preconceito na realização do seu trabalho ou mesmo forçados a apagar imagens.
O Clube de Correspondentes Estrangeiros ficou "dececionado e abatido pela crescente hostilidade contra a imprensa estrangeira na China, um sentimento sustentado pelo crescente nacionalismo chinês, às vezes alimentado diretamente por funcionários e entidades oficiais chinesas".
"A censura à imprensa estrangeira na China contribuiu para uma visão incompleta do nosso trabalho na China. Em suma, isto criou uma deterioração no ambiente de trabalho para a imprensa estrangeira e impede que os jornalistas forneçam o conteúdo completo sobre a China que desejamos".
O grupo pediu ao Governo chinês que "cumpra a sua promessa de garantir aos jornalistas estrangeiros o acesso irrestrito à reportagem na China e a sua responsabilidade de proteger a segurança das pessoas".
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