O ataque ocorreu na segunda-feira à noite, e causou pequenos danos na embaixada, segundo a polícia francesa, citada pela Associated Press.
"Denunciamos um ataque terrorista com 'cocktails molotov' contra a nossa embaixada em Paris @EmbaCubaFrancia", escreveu na rede social Twitter o ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez.
"Considero o Governo dos Estados Unidos responsável pelas contínuas campanhas contra o nosso país que encorajam estes comportamentos e pelos apelos à violência, com impunidade, a partir do seu território", acrescentou Rodriguez, citado pela agência France-Presse.
O Ministério Público de Paris afirmou que está em curso uma investigação e a polícia acrescentou que ninguém foi detido, nem houve qualquer reivindicação.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês condenou o ataque e uma sua porta-voz disse que "foram postas em prática medidas para reforçar os dispositivos de segurança em torno da embaixada".
Os bombeiros franceses disseram ter sido alertados para o ataque pouco depois da meia-noite (hora local) e que "os dois dispositivos, que causaram danos menores, foram extintos antes da sua chegada".
Durante as últimas três semanas, embaixadas cubanas em diferentes cidades do mundo têm sido palco de manifestações contra e a favor do Governo cubano, na sequência dos protestos que ocorreram na ilha nos dias 11 e 12 de julho.
Cerca de 20 países, incluindo Brasil, Colômbia e Equador, juntaram-se ao secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, na segunda-feira, num apelo ao Governo de Cuba para "respeitar os direitos e liberdades legalmente garantidos do povo cubano" e para "libertar os detidos" durante os protestos.
Havana acusou Washington de fomentar uma campanha na comunicação social para desestabilizar a nação das Caraíbas, que está a atravessar uma grave crise económica exacerbada pela pandemia de covid-19 e pelas sanções norte-americanas.
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