Biden quer que empresas sejam ensinadas a proteger-se de ciberataques

O presidente dos EUA, Joe Biden, determinou hoje que o seu governo instrua as empresas de setores vitais para o funcionamento do país, como transportes, energia ou agricultura, sobre como se protegerem de ataques informáticos.

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© Doug Mills-Pool/Getty Images

Lusa
29/07/2021 00:00 ‧ 29/07/2021 por Lusa

Mundo

Joe Biden

Até agora, o governo apenas agia quando ocorria um grande ataque informático, mas Biden quer expandir o papel daquele e servir de guia para o setor privado.

Especificamente, o memorando assinado por Biden solicita aos departamentos da Segurança Interna e do Tesouro que determinem uma série de normas comuns a todas as empresas, segundo o texto divulgado pela Casa Branca.

Por enquanto, o cumprimento das normas vai ser voluntário, mas um dirigente do governo admitiu que se trabalhe com o Congresso para aprovar uma lei que torne obrigatório o cumprimento de alguns padrões de segurança informática, se necessário.

"A nossa posição atual lamentavelmente é insuficiente, dada a crescente ameaça que enfrentamos", disse aquele dirigente governamental, que pediu para não ser identificado.

Não obstante, no documento, Biden reafirma a vontade do governo de partilhar com o setor privado a tecnologia que for necessária para a defesa dos ataques informáticos e insta as empresas a partilhar informações sobre os ataques que possam vir a sofrer.

"Não podemos enfrentar as ameaças que não vemos", escreveu-se no documento, que realça a importância de detetar quanto antes os ataques e evitar que se prolonguem no tempo.

Este anúncio foi feito depois da ocorrência de vários ataques informáticos de grande relevo no último ano, como o de maio, ao principal oleoduto dos EUA, o Colonial, que provocou escassez de combustível em vários Estados do leste, como Carolina do Norte e Virgínia e na capital, Washington.

Também em maio, o maior processador de carne do mundo, o JBS, sofreu outro ataque informático e já durante este mês de julho houve uma grande ofensiva contra a Kaseya, uma empresa de programas informáticos com mais de 40 mil clientes empresariais em todo o mundo.

Desde que assumiu o poder em janeiro, Biden tem dado prioridade à segurança informática e, na terça-feira, ao discursar para a comunidade dos serviços de informações dos EUA, Biden disse mesmo que os ataques informáticos podem mesmo "provocar um conflito armado real".

Leia Também: Biden manifesta solidariedade após reunir-se com Tikhanovskaia

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