"Penso que não vamos ter confinamentos. Temos uma percentagem suficiente de pessoas vacinadas para que não tenhamos de voltar à situação do inverno passado", afirmou o principal conselheiro médico do Presidente Joe Biden para a pandemia, numa entrevista ao programa "This Week", da estação televisiva ABC.
Contudo, o imunologista lamentou que o número de pessoas vacinadas "não é suficiente para esmagar o surto" e reiterou o apelo das autoridades norte-americanas para os cerca de 100 milhões de pessoas em condições de aceder às vacinas contra a covid-19 para o fazerem.
"As coisas vão piorar", avisou o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, que citou o aumento do número de casos na última semana.
No sábado, a Florida, o terceiro estado mais populoso do país, registou 21.638 novos casos de covid-19, o número mais elevado desde o início da pandemia, em março de 2020, de acordo com a informação fornecida pelo Departamento de Saúde estadual ao Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA. O anterior máximo diário remontava a 07 de janeiro, com 19.334 casos.
A média diária de novas infeções na Florida nos últimos sete dias ascende a 15.818 casos e o estado do sul dos EUA é considerado o atual epicentro da doença no país.
Apesar do recrudescimento da pandemia no estado, o governador da Florida, o republicano Ron DeSantis - conhecido por ser um opositor das medidas de prevenção sanitária preconizadas por Fauci e pelo CDC -, decidiu não tomar quaisquer medidas para lidar com a recente degradação da situação epidemiológica.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.220.816 mortos em todo o mundo, entre mais de 197,8 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse, divulgado no domingo.
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