O governante dos EUA adiantou ainda que o país está "a consultar os governos da região e não só sobre uma resposta apropriada e iminente".
A posição norte-americana sobre o ataque surge na sequência da acusação de Israel, com o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, a garantir hoje que o seu país tinha "provas" do envolvimento iraniano, apesar de Teerão ter negado qualquer ligação ao caso.
"Acabo de ouvir que o Irão, de uma forma cobarde, está a tentar escapar à responsabilidade neste caso, que eles estão a negar [qualquer envolvimento]. Portanto, posso dizer com absoluta certeza que o Irão levou a cabo este ataque ao navio [...]. Há provas disso", afirmou, durante a reunião semanal do seu governo.
"Esperamos que a comunidade internacional envie um sinal claro ao regime iraniano de que cometeu um erro grave. Em qualquer caso, sabemos como enviar uma mensagem ao Irão, à nossa própria maneira", acrescentou, sem especificar.
Na quinta-feira, o petroleiro "Mercer Street", foi alvo de um ataque com 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) no mar Arábico, segundo os militares norte-americanos, que têm vários navios na região.
O ataque, que não foi reivindicado, deixou duas pessoas mortas - um britânico empregado pela empresa de segurança Ambrey, e um membro da tripulação romena, segundo o armador Zodiac Maritime, uma empresa internacional com sede em Londres, propriedade do israelita Eyal Ofer.
Segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Saeed Khatibzadeh, a acusação de que o Irão levou a cabo o ataque é "sem fundamento", referindo que "tais jogos de culpas não são novidade".
"Os responsáveis por este [ataque] são aqueles que tornaram possível ao regime israelita colocar o seu pé nesta região", considerou.
O incidente registado na quinta-feira à noite contra o petroleiro "Mercer Street" marcou o primeiro ataque com vítimas mortais conhecido após anos de ataques a navios comerciais na região ligados a tensões com o Irão.
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