Venezuela recebe nos próximos dias 6,2 milhões de vacinas via Covax

A Venezuela vai receber, nos próximos dias, 6,2 milhões de vacinas contra o novo coronavírus, através do Fundo de Acesso Global para Vacinas Covid-19 (Covax) foi hoje anunciado.

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© Leonardo Fernandez Viloria/Reuters

Lusa
02/08/2021 20:42 ‧ 02/08/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

O anúncio foi feito pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante uma jornada de trabalho sobre a covid-19, transmitida pela televisão estatal venezuelana.

"O mecanismo Covax já confirmou que vai entregar, à Venezuela, vacinas para 6,2 milhões de pessoas. Eles (Covax) estabeleceram um cronograma e nos próximos dias vão chegar lotes de vacinas à Venezuela", disse Nicolás Maduro.

Sem precisar a proveniência das vacinas que vão chegar, o chefe de Estado explicou que os meses de agosto e setembro vão ser "relevantes" na imunização da população.

O governante anunciou ainda que na última semana foram detetados quatro novos casos de pacientes com a variante Delta, depois de na semana anterior terem sido identificadas duas pessoas infetadas com a mesma variante.

"Não é tempo para relaxamento, devemos manter as medidas de biossegurança. Temos o alerta da variante Delta. Já temos mais quatro casos esta semana, todos relacionados com viagens ao estrangeiro", disse o Presidente venezuelano, precisando que aquela variante, que foi identificada pela primeira vez na Índia, "não circula no país de forma local".

Por outro lado, o ministro da Saúde venezuelano, Carlos Alvarado, precisou que atualmente 4.167.000 cidadãos da Venezuela têm pelo menos uma dose das vacinas (Sputnik-V e Sinopharm), insistindo que a meta é imunizar 70% da população até ao próximo mês de outubro.

Em 08 de julho o Fundo de Acesso Global para Vacinas Covid-19 (Covax) anunciou que tinha recebido o pagamento de 120 milhões de dólares (101,3 milhões de euros) para o envio de 11,3 milhões de doses de vacinas para a Venezuela.

O anúncio teve lugar depois de a Venezuela denunciar, perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, que as sanções impostas pelos Estados Unidos estavam a impedir a chegada de vacinas contra a covid-19, afetando o programa de imunização da sua população.

Desde março de 2020 que a Venezuela está em quarentena preventiva e atualmente tem um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso.

O país contabilizou 3.607 mortes e 306.673 casos da doença, desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.

De acordo com a imprensa local, a Venezuela recebeu mais de três milhões de vacinas provenientes da Rússia (Sputnik-V) e da China (Sinopharm).

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.227.765 mortos em todo o mundo, entre mais de 198,2 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.378 pessoas e foram registados 972.127 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

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