"Governo assassino", "demissão", eram reivindicações que podiam ser lidas nos cartazes, no dia em que se assinalam 22.000 pessoas infetadas e 212 mortes, o que constitui um recorde.
Os manifestantes criticam a campanha de vacinação, pois até agora só 4,5 milhões dos 70 milhões de tailandeses receberam as duas doses da vacina.
Recentemente, o responsável das autoridades pelos pedidos de vacinas RNA mensageiro da Pfizer e Moderna, considerou que estas são ainda mais eficazes contra a variante Delta do que a vacina chinesa Sinovac.
No entanto, Nat, um manifestantes de 27 anos, disse à AFP que os tailandeses devem "continuar a lutar, apesar da epidemia".
O movimento pró-democracia exige a renúncia do chefe do governo, Prayut Chan-O-Cha, que assumiu o cargo após um golpe de Estado em 2014 e que foi legitimado cinco anos depois numa eleições envoltas em polémica, bem como uma profunda reforma da monarquia.
No topo das reivindicações está a abolição do artigo que pune com 15 anos de prisão quem difamar, criticar e insultar o rei e a sua família.
Mais de 110 pessoas foram indiciadas com base neste artigo nos últimos meses.
No ano passado, no auge do movimento pró-democracia, dezenas de milhares de manifestantes marcharam pelas ruas da capital tailandesa.
No últimos meses os protestos enfraqueceram devido à resposta das autoridades judiciais e à pandemia de covid-19, mas ainda são organizadas manifestações esporadicamente.
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