Chile decreta dois dias de luto em memória das vítimas da pandemia
O presidente chileno decretou dois dias de luto nacional para segunda-feira e terça-feira da próxima semana "em memória e homenagem" às mais de 36.000 mortes causadas pela pandemia de Covid-19 no país.
© Lusa
Mundo Covid-19
O anúncio de Sebastián Pinera foi realizado durante uma cerimónia na Praça Central da Cidade em Santiago do Chile, onde 460 luzes foram acesas em memória dos mortos, enquanto um membro da força policial fazia um silêncio e a enorme bandeira chilena hasteada no local era colocada a meia haste.
"É tempo de unir os nossos corações e vontades para superar esta pandemia e ser inspirado pelo testemunho e exemplo daqueles que não sobreviveram", disse o chefe de Estado.
A homenagem contou com a presença de familiares das vítimas da covid-19 e funcionários da saúde que assistiram em nome do público, bem como do ministro da Saúde, Enrique Paris, e dos subsecretários dessa pasta, Paula Daza e Alberto Dougnac.
"Tivemos um encontro emocional com um grupo de familiares das vítimas desta pandemia, e juntamente com eles, recordámos os seus entes queridos (...) Para além de lembrar, queremos prestar uma sincera homenagem a cada uma das vítimas", salientou Pinera.
"Queremos dizer que ninguém está sozinho na sua dor, que os nossos pensamentos e orações estão com cada um de vós", acrescentou.
O Presidente dedicou também algumas palavras aos profissionais da saúde "que deram as suas vidas" para proteger as dos outros: "Não há maior gesto de amor", enfatizou.
O Chile confirmou o primeiro caso de coronavírus a 03 de março de 2020, enquanto a primeira morte foi anunciada a 21 de março do mesmo ano, sendo a vítima uma mulher de 82 anos.
Nas últimas 24 horas foram registadas 65 mortes de causas associadas à covid-19, elevando o número total de mortes para 36.016.
O número total de pessoas diagnosticadas com covid-19 desde o início da pandemia atingiu 1.623.363, das quais 6.379 ainda estão ativas, o número mais baixo em mais de um ano.
A pandemia recuou após uma grave segunda vaga que durou de março a julho e colocou o sistema hospitalar sob extrema pressão, com o país a voltar parcialmente ao normal após um longo período de restrições.
O sucesso reside no êxito do processo de vacinação no Chile, com mais de 82% da população alvo (compreendendo mais de 15 milhões de pessoas de uma população de cerca de 19 milhões) a ser vacinada.
A maioria das pessoas foi vacinada com a vacina Sinovac e, em menor medida, também com as da Pfizer/BioNTech, CanSino e AstraZeneca.
Na semana passada, o Governo anunciou que a partir de 11 de agosto vai iniciar um programa de "dose impulsionadora", utilizando a vacina AstraZeneca para todas as pessoas com mais de 55 anos que já tenham completado a inoculação de Coronavac.
Apesar da melhoria constante, as autoridades têm mantido o encerramento das fronteiras para estrangeiros desde abril e um recolher obrigatório da meia-noite às 05:00 na maior parte do país para evitar a propagação de novas variantes.
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