Um relatório oficial anterior, no final de julho, apontava para 35 mortos, com 24 feridos e cerca de 26.532 pessoas afetadas em todo o país.
Á data de hoje, registaram-se "um total de 55 mortos e 6.064 lares com 53.299 pessoas" afetadas, disse à rádio estatal o coronel Bako Boubacar, diretor-geral do Serviço de Proteção Civil do Níger.
Além disso, as chuvas, que provocam inundações e deslizamentos de terras, destruíram ou danificaram mais de 4.800 casas e dizimaram 897 cabeças de gado, adiantou.
Em Niamey, chuvas torrenciais causaram na terça-feira à noite seis mortes em três distritos, incluindo quatro em Kombo, nas margens do rio Níger, disse o coronel Boubacar.
Estas novas mortes elevam para 16 o número de mortes na capital desde junho, de acordo com uma contagem da agência France-Presse.
As regiões mais afetadas são Maradi, no sudeste, Agadez, no norte do deserto, e Niamey, de acordo com os números oficiais.
Apesar da sua curta duração de três a quatro meses no máximo - de junho a agosto ou setembro - a estação das chuvas tem sido regularmente mortal durante vários anos, incluindo nas zonas desérticas do norte. Isto é um paradoxo num país onde o fracasso das colheitas se deve geralmente à seca.
Em 2020, as cheias mataram 73 pessoas e criaram uma crise humanitária com 2,2 milhões de pessoas a necessitarem de assistência, de acordo com a Organização das Nações Unidas. Em 2019, tinham morrido 57 pessoas.
Leia Também: Mais de 420 civis mortos no ocidente do Níger desde início do ano