"A situação atual da epidemia ultrapassou as capacidades do sistema de saúde, dificultando o trabalho de todos os profissionais", apontou o Presidente de Cuba, citado pelos meios de comunicação estatais durante a reunião do grupo de trabalho criado para controlar a pandemia de covid-19.
Com uma incidência de 1.190 casos por 100 mil habitantes nos últimos dias, Cuba é neste momento o país com números mais preocupantes no continente americano e um dos cinco piores no mundo.
Nos últimos dias, a ilha com 11,2 milhões de habitantes registou mais de 8.000 casos e 70 mortes diárias em média.
Nas redes sociais circulam imagens de hospitais sobrelotados nas regiões mais atingidas pela pandemia, noticia a agência EFE.
Miguel Díaz-Canel salientou que a atual vaga de covid-19 está a "exigir o máximo a todos os profissionais de saúde de todas as organizações que enfrentam a pandemia".
E acrescentou que há também um maior consumo de medicamentos e oxigénio.
Cuba, que enfrenta uma grave crise económica que causou escassez generalizada de alimentos, sofre também com uma preocupante falta de medicamentos, o que contribui para agravar o impacto da pandemia.
Nas últimas semanas, têm sido lançadas campanhas de doação de medicamentos para aquele país.
Para o Presidente de Cuba, a receita para inverter esta situação é "uma maior exigência às instituições de saúde e rigor no trabalho", mas também "a compreensão da população".
"Juntos temos que contribuir para nos protegermos e protegermos os outros", realçou.
Díaz-Canel instou ainda os profissionais de saúde e cidadãos a cumprirem as regras de isolamento e as normas de higiene, bem como as restrições impostas pelo Governo, desde a obrigatoriedade do uso de máscara, a proibição de aglomerações e o cumprimento do recolher obrigatório.
A covid-19 provocou pelo menos 4.323.957 mortes em todo o mundo, entre mais de 204,7 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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