Em comunicado, a Casa Branca informou que o Presidente norte-americano, Joe Biden, decidiu usar esse montante, disponível num fundo de emergência, para satisfazer as necessidades "inesperadas" e "urgentes" dos afegãos.
Washington prestará esta assistência a migrantes e refugiados através das suas agências governamentais, como a Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID), e oferecerá parte dos fundos a países que acolham afegãos, bem como a grupos humanitários e organizações internacionais.
Vários líderes mundiais, incluindo o Presidente francês Emmanuel Macron, manifestaram na segunda-feira preocupação com a possível chegada de milhares de requerentes de asilo afegãos à Europa, advertindo que não poderão acolher sozinhos tantos refugiados.
Os talibãs conquistaram Cabul no domingo, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Usama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001.
A tomada da capital põe fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.
A queda da capital e a fuga do até agora presidente afegão, Ashraf Ghani, no domingo, levaram milhares de civis para o aeroporto de Cabul, na esperança de conseguirem partir em algum dos voos militares que os EUA organizaram para retirar pessoal diplomático.
O desespero levou centenas de afegãos a tentaram fugir, agarrando-se a um avião militar norte-americano, quando este estava prestes a descolar.
Washington terminará a missão no Afeganistão quando concluir a retirada dos norte-americanos que ainda se encontram no país asiático.
A retirada deverá estar concluída a 31 de agosto, se se mantiver o ritmo de remoção de 5.000 pessoas por dia, disse na segunda-feira o porta-voz do Departamento de Defesa, John Kirby.
Nos últimos dias, os EUA destacaram 6.000 soldados para o Afeganistão e mais 1.000 estão a caminho para ajudar no esforço de retirada.
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