Segundo um comunicado da presidência argelina, a Argélia decidiu "rever" as suas relações com Marrocos, acusado de estar envolvido nos incêndios mortais que assolaram o norte do país.
"Os incessantes atos hostis perpetrados por Marrocos contra a Argélia exigiram a revisão das relações entre os dois países e a intensificação dos controlos de segurança nas fronteiras ocidentais", refere a nota da presidência, citada pela agência de notícias francesa AFP.
Esta decisão foi tomada durante uma reunião extraordinária do Conselho de Alta Segurança argelino, presidida pelo Chefe de Estado do país, Abdelmadjid Tebboune, e dedicada à avaliação da situação causada pelos enormes incêndios florestais, que nas últimas semanas mataram pelo menos 90 pessoas no norte do país.
O Presidente Tebboune disse ainda que, na sua maioria, os incêndios são de origem "criminosa".
Os líderes argelinos acusaram uma organização independente, Kabyle, baseada em Paris, de estar envolvida nos incêndios e no linchamento de um homem, injustamente acusado de ter praticado o crime de fogo posto na região nordeste de Kabylia, a mais afetada pelos incêndios.
Segundo os líderes argelinos, o movimento conservador islâmico Rashad, sediado em Londres, também esteve envolvido nos incêndios.
Estes dois movimentos são ilegais na Argélia, onde foram classificados como "organizações terroristas" a 18 de maio.
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