"Graças ao compromisso dos norte-americanos em desempenhar um papel de liderança para terminar a pandemia no mundo, os Estados Unidos vão enviar esta semana 1.183.000 doses da vacina Pfizer para a Costa do Marfim", sublinhou fonte da Casa Branca citada pela agência AFP.
O embarque será gerido através da Covax, uma plataforma de distribuição de vacinas contra a covid-19 a países menos desenvolvidos, apoiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Aliança Global para as Vacinas (GAVI).
"As vacinas são enviadas hoje [quarta-feira] e chegarão ao seu destino no fim de semana", acrescentou a mesma fonte.
A Costa do Marfim regista menos de 400 mortes devido à covid-19, mas o país africano enfrenta uma terceira vaga de novos casos, que se está a espalhar por todo o continente.
Menos de 2% da população africana tem a vacinação completa, mas as autoridades têm destruído doses de vacinas devido à falta de infraestruturas para administração ou à relutância da população em ser vacinada.
Segundo a Casa Branca, a agência norte-americana de ajuda internacional disponibilizou um orçamento de dois milhões de euros [cerca de 1,7 milhões de dólares] para ajudar o Governo da Costa do Marfim a "planear e monitorizar a distribuição de vacinas, fortalecer a cadeia de abastecimento e aumentar a procura por vacinas, através da educação para a saúde ou formação a profissionais de saúde".
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem como objetivo estar na vanguarda dos esforços feitos pelos países desenvolvidos para distribuir vacinas aos países do terceiro mundo.
Biden "entende que o fim da pandemia significa a sua erradicação em todo o mundo", acrescentou o responsável da Casa Branca.
Esta entrega na Costa do Marfim faz parte de um lote de 500 milhões de doses da vacina Pfizer/ BioNTech adquirido este verão para distribuição em África e em 92 países pobres, como o Vietname ou Honduras.
O Governo norte-americano anunciou entretanto, na quarta-feira, uma campanha nacional para administrar uma terceira dose da vacina contra a covid-19 a partir de 20 de setembro, para combater a redução da proteção perante a variante delta.
Esta decisão surge apesar dos apelos da Organização Mundial de Saúde para adiamento das terceiras doses nos países com a vacinação mais adiantada, de forma a remediar as disparidades na vacinação entre países ricos e pobres.
A covid-19 provocou pelo menos 4.381.911 mortes em todo o mundo, entre mais de 208,5 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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