Hochul, do Partido Democrata e antiga congressista, fez na terça-feira o juramento da tomada de posse num evento reservado, supervisionado pela principal juiza do Estado, Janet DiFiore, e mais tarde, em cerimónia no edifício do Congresso estadual, prometeu uma "abordagem fresca, colaborativa" no governo do Estado.
"Quero que as pessoas voltem a acreditar no seu governo", disse Hochul, antiga número dois de Andrew Cuomo, que se afastou na sequência de múltiplas acusações de assédio sexual.
A nova governadora destacou que já começou a falar com outros líderes do partido que se queixaram, durante anos, de serem marginalizados e ignorados por Cuomo, incluindo o 'mayor' (presidente da Câmara) de Nova Iorque, Bill de Blasio.
"Não vai haver menorização. Haverá uma cooperação total", prometeu Hochul.
A nova governadora também agradeceu à sua "grande família católica irlandesa", incluindo duas crianças e Bill Hochul, o seu marido desde há 30 anos.
No seu primeiro dia à frente do governo estadual, Hochul disse que vai tornar obrigatório o uso das máscaras nas escolas.
Acrescentou também que quer todo o pessoal escolar vacinado ou testado semanalmente ao novo coronavírus e que consultou as várias partes envolvidas nas escolas, dos pais aos professores, para determinar como preparar o regresso dos estudantes às escolas em segurança.
Nos próximos meses, Hochul, que teve pouca projeção pública enquanto vice de Cuomo, vai ter oportunidade de mudar Albany, onde Cuomo dominou o processo de tomada de decisões durante anos antes de ser envolvido num escândalo de assédio sexual.
Durante gerações, dizia-se que todas as decisões importantes no governo estadual eram tomadas por "três homens em uma sala" -- o governador e os líderes do Senado e da Câmara dos Representantes do Estado.
Agora, pela primeira vez, duas destas três figuras são mulheres: Hochul e a líder da maioria democrata no Senado, Andrea Stewart-Cousins.
Cuomo saiu do cargo à meia-noite de terça-feira, duas semanas depois de anunciar a sua demissão.
No seu último dia no cargo, Cuomo divulgou um discurso gravado de despedida, no qual volta a garantir que está inocente e considerou-se vítima de um "frenesim mediático".
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