OMS admite que morram mais de 200 mil pessoas na Europa até dezembro

A Organização Mundial de Saúde relacionou hoje o aumento "muito preocupante" de novos contágios pelo SARS-CoV-2 nas últimas semanas na Europa com baixas taxas de vacinação, admitindo que 236 mil pessoas possam morrer com Covid-19 até dezembro.

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© Aytug Can Sencar/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
30/08/2021 11:49 ‧ 30/08/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

O diretor regional para a Europa da OMS, Hans Kluge, afirmou hoje em conferência de imprensa que "o número de mortes na região aumentou 11% na semana passada, com uma projeção credível a prever 236.000 mortes na Europa até dezembro".

O aumento da incidência de novos casos está também relacionado com uma maior presença da variante Delta, mais contagiosa, o alívio de medidas de restrição de movimentos dos cidadãos e o aumento das viagens, considera a OMS.

"Devemos ser firmes e manter as várias linhas de proteção, incluindo a vacinação e as máscaras. As vacinas são o caminho para reabrir as sociedades e estabilizar as economias", defendeu Hans Kluge.

O responsável regional da OMS observou que dos 53 países da região europeia, 33 tiveram um aumento de 10% na incidência de casos de infeção nos últimos 14 dias e em vários há um aumento de internamentos e mortes.

Quase metade da população da região europeia da OMS tem vacinação completa mas nas últimas seis semanas houve um abrandamento do processo, quer por falta de acesso a vacinas quer por resistência dos cidadãos, referiu.

"É claramente necessário aumentar a vacinação, partilhar doses e melhorar o acesso às vacinas nos estados para a população poder ter vacinação completa, defendeu.

A OMS reiterou o apelo aos governos europeus para que abram as escolas e vigore o ensino presencial no ano letivo 2021-2022.

Para a OMS, professores e pessoal não docente devem vacinar-se, bem como alunos com mais de 12 anos que tenham alguma doença ou condição que os coloque num grupo especialmente vulnerável caso contraiam covid-19.

Leia Também: Professores devem estar no grupo prioritário de vacinação, defende ONU

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