Segundo a mesma fonte, Abdul Salam Hanafi, membro do gabinete político do grupo islâmico, que chegou ao poder no Afeganistão em 15 de agosto, manteve uma conversa telefónica com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wu Jianghao.
"O vice-ministro chinês garantiu que manterá a sua embaixada em Cabul, acrescentando que as nossas relações vão crescer", salientou o porta-voz dos talibãs, Suhail Shaheen, através de uma mensagem na rede social Twitter.
Suhail Shaheen acrescentou que a China vão "continuar e aumentar a sua ajuda humanitária" no Afeganistão, em particular no combate à pandemia de Covid-19.
Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.
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