"Julgaremos o talibã pelos seus atos, não pelas suas palavras, e usaremos todas os meios económicos, políticos e diplomáticos para proteger os nossos próprios países do perigo e para ajudar o povo afegão", disse, numa declaração na Câmara dos Comuns do Parlamento britânico.
Johnson defendeu que "se o novo regime em Cabul deseja reconhecimento internacional e acesso aos milhares de milhões de dólares atualmente congelados em contas no estrangeiro, então o Reino Unido e seus aliados irão exigir que cumpram a promessa de evitar que o Afeganistão se torne novamente numa incubadora do terrorismo".
O dirigente britânico entende também que a comunidade internacional deve continuar a insistir para que o novo governo afegão deixe sair do país quem desejar e respeite os direitos das mulheres e raparigas no país.
Os talibãs entraram em Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada final das forças militares norte-americanas e da NATO, que se encontravam no país desde 2001, na sequência do combate à Al-Qaeda após os atentados terroristas de 11 de setembro do mesmo ano nos Estados Unidos.
O Reino Unido comprometeu-se a receber até 20 mil refugiados afegãos, tendo transportado cerca de 15.000 nas últimas semanas, aos quais prometeu um visto de residência permanente, cursos de língua inglesa gratuitos e bolsas de estudo.
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