Biden diz que os EUA se deram conta que a crise climática é real
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse hoje que após a devastação provocada pelo furacão Ida em nove estados "o país deu-se conta que o aquecimento global é real e está a avançar incrivelmente rápido".
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"Penso que estamos num daqueles pontos de viragem em que ou agimos ou vamos ter verdadeiros problemas; os nossos filhos vão ter problemas graves", acentuou Biden, numa declaração proferida em Nova Jérsia, durante a primeira parte de uma viagem em que passará também por Nova Iorque, para visitar as áreas mais fortemente atingidas pelo furacão Ida, responsável por cerca de 50 mortes.
Biden aprovou este fim de semana uma declaração de "grande catástrofe" para vários condados destes dois estados, em resposta aos danos causados pelo Ida, que atingiu com maior violência a região nordeste do país, na semana passada.
O Presidente americano referiu que em novembro participará na cimeira COP26, em Glasgow, Escócia, para abordar "em conjunto" as alterações climáticas.
"Todas as partes do país estão a ser afetadas por condições meteorológicas extremas e estamos agora a viver em tempo real como o país será" se não forem tomadas medidas, insistiu Joe Biden. "Não podemos reverter muito, mas podemos evitar que piore", acrescentou, sublinhando que os danos e perdas de vidas e bens causados pelas chuvas "são profundos".
A passagem do furacão Ida pelo nordeste do país provocou 25 mortos em Nova Jérsia, onde quatro pessoas ainda estão desaparecidas, e outras 17 em Nova Iorque, para onde Biden viajará nas próximas horas.
A declaração de "grande catástrofe" nas zonas mais atingidas permitirá que as pessoas afetadas recebam ajuda do governo federal para habitação temporária, reparações domésticas e empréstimos a baixo custo para recuperar dos danos causados pelas cheias.
Estarão também disponíveis fundos federais para os governos estaduais e locais, para apoiar os esforços de reconstrução, informou a Casa Branca, num comunicado.
Biden, que visitou a localidade de Manville, em Nova Jérsia, onde se registaram grandes inundações e posteriormente incêndios em vários edifícios, devido a fugas de gás provocadas pelas cheias, viaja de seguida para o bairro de Queens, em Nova Iorque, onde várias pessoas se afogaram em apartamentos ilegais localizados em caves.
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