O ex-chefe de governo milionário, que vive exilado, continua popular na Tailândia.
"Passaram 15 anos, continuamos aqui para lutar", gritou Nattawut Saikuar, político próximo de Thaksin, aos apoiantes, que agitavam bandeiras e cartazes pedindo a saída do atual primeiro-ministro, Prayut Chan-O-Cha.
Este antigo chefe do exército assumiu o poder num golpe de Estado de 2014.
"Não importa quantos golpes de Estado houver, não nos podem parar. Por muito fortes que sejam os seus tanques, não podem parar os corações combativos do povo", disse Nattawut.
A Tailândia foi palco de uma dúzia de golpes de Estado militares desde o fim da monarquia absoluta em 1932. A maioria foi necessária, segundo os militares, para proteger a monarquia, que permanece sagrada no país.
Thaksin, que conseguiu o poder sobretudo graças ao apoio do movimento dos "camisas vermelhas", afirmava defender a classe trabalhadora e camponesa, que beneficiou da introdução de novas medidas como um sistema universal de saúde.Mas era odiado e considerado populista pelas elites de Banguecoque e pelos militares, tendo sido acusado de corrupção.
A sua influência continuou após a sua saída do poder, dado que foi substituído na chefia do governo pela sua irmã Yingluck. Esta foi afastada no golpe de Estado de 2014.
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