Alemanha: Social-democrata considerado vencedor do último debate
O candidato do partido Social Democrata (SPD) às eleições legislativas alemãs, Olaf Scholz, foi considerado vencedor do terceiro e último debate televisivo antes da votação no domingo que irá escolher o sucessor de Angela Merkel.
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Mundo Alemanha
Segundo uma sondagem realizada logo após o debate, 42% dos telespetadores consideraram que Scholz foi o que teve melhor desempenho, seguindo-se o candidato da União Democrata-Cristã (CDU), Armin Laschet, com 27%, e finalmente Annalena Baerbock, candidata dos Verdes, com 25%.
Durante uma hora e meia, os três principais candidatos, discutiram temas como salário mínimo, clima, coronavírus e vacinação, o papel dos cuidadores, digitalização e ainda potenciais coligações para formar governo, deixando de fora a política externa.
Numa altura em que um em cada quatro eleitores ainda não decidiu em quem votar, os três candidatos esgrimiram argumentos, começando por responder à pergunta das moderadoras: "o que é que os eleitores podem esperar?"
Scholz apontou a subida do salário mínimo para 12 euros por hora, a modernização do país, e a luta contra as alterações climáticas como as três prioridades do seu programa eleitoral.
Para Baerbock, a pandemia de covid-19 veio mostrar que a Alemanha precisa de melhor preparação para lidar com os desafios do futuro. Com os Verdes no poder, admitiu, o país estaria "finalmente a ser mais bem governado", focando-se nos problemas do futuro, como as alterações climáticas.
Armin Laschet, o candidato do partido de Merkel, considerou que o crescimento económico deve ser a prioridade do próximo executivo, sem aumento de impostos. A questão central é, de acordo com o candidato da CDU, "como conseguir atingir os desafios ambientais, mantendo, simultaneamente, empregos".
O SPD continua à frente das sondagens para as legislativas alemãs, mas, mesmo conseguindo uma vitória, é certo que não vai poder governar sozinho. As possíveis coligações foram discutidas no final do debate com Laschet a afastar qualquer negociação com os extremos, "A Esquerda" ou "Alternativa para a Alemanha".
Annalena Baerbock mostrou-se disponível para negociar com todos os partidos democráticos, acrescentando que vê a CDU na oposição durante os próximos quatro anos.
Do lado do SPD, Scholz voltou a não rejeitar uma coligação com "A Esquerda", sublinhando que um cenário favorável seria uma união do seu partido com os Verdes. Os dois candidatos aproveitaram este último encontro a três na televisão para destacar as suas semelhanças programáticas.
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