Air France-KLM considera "fabuloso" alívio dos EUA para vacinados

O levantamento das restrições impostas pelos Estados Unidos da América (EUA) de viagens para pessoas vacinadas contra a covid-19 é "uma notícia fabulosa", um ano e meio depois, rejubilou hoje o diretor-executivo da Air France-KLM.

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Lusa
20/09/2021 23:40 ‧ 20/09/2021 por Lusa

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Covid-19

"Esperamos por isto há mais de um ano e meio. É uma excelente notícia para o nosso setor, e em particular para os nossos clientes. As famílias foram separadas, [...] as empresas não conseguiram organizar reuniões presenciais ", disse Benjamin Smith, em entrevista à agência de notícias AFP.

O sinal verde hoje dado por Washington para a retoma das viagens a partir de novembro, e sob algumas condições, constitui "uma fabulosa notícia" para o grupo da Air France-KLM.

Observando melhorias para o seu grupo, Benjamin Smith não revelou as suas ambições de faturação para o último trimestre do ano.

À AFP, Benjamin Smith disse que, no período pré-pandemia, o grupo de companhias aéreas franco-neerlandesas havia alcançado 40% da sua faturação em rotas através do Atlântico Norte.

Como todo setor de aviação, a Air France-KLM foi seriamente afetada pela crise sanitária, tendo perdido mais de 10 mil milhões de euros desde 2020 e recapitalizada com a ajuda do Estado francês

A Air France e KLM, companhias aéreas históricas, como as concorrentes British Airways ou Lufthansa, são especializadas em viagens de longa distância e sofreram especialmente com restrições de viagens para os continentes americano e asiático.

Para Benjamin Smith, existe atualmente, no entanto, uma "procura latente" por viagens, que ainda terá de analisar se são sustentáveis, considerando que o anúncio dos EUA aumentará a aquisição de bilhetes.

"Cada vez que as restrições são levantadas em todo o mundo, vemos um aumento nas reservas", disse.

Para responder à procura, a Air France e a KLM são capazes de implementar rapidamente mais aeronaves de fuselagem larga, prometeu Benjamin Smith, enfatizando que o grupo decidiu continuar a usar todos os seus aviões, mas num ritmo mais lento do que antes da crise pandémica.

"Os aviões estão prontos, vamos apenas aumentar a utilização", indicou.

De acordo com Benjamin Smith, as medidas do governo a favor do desemprego parcial, que têm evitado despedimentos, também vão permitir a rápida mobilização das tripulações.

Os Estados Unidos (EUA) anunciaram hoje que, a partir do início de novembro, passam a permitir a entrada de viajantes da União Europeia e do Reino Unido, desde que tenham a vacinação completa.

Os viajantes devem apresentar prova de vacinação e um teste negativo feito três dias antes da viagem, disse Jeff Zients, chefe da equipa de combate contra a pandemia de covid-19 da Casa Branca, durante uma conferência de imprensa virtual.

Os passageiros que cumpram estes requisitos não ficam obrigados sequer a uma quarentena, informou Zients.

As restrições de viagens, que vigoravam desde março de 2020, estavam a ser criticadas pelos parceiros europeus, onde os níveis de vacinação são superiores aos dos Estados Unidos.

O Governo norte-americano vai ainda exigir às companhias aéreas que colijam informações de contacto de viajantes internacionais, para facilitar o rastreamento de eventuais casos de contágio, explicou Zients.

A covid-19 já provocou pelo menos 4.689.140 mortes em todo o mundo, entre mais de 228,49 milhões de infeções pelo coronavírus Sars-Cov-2 registados desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Leia Também: Alívio dos EUA para viajantes vacinados da UE é "excelente notícia"

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