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São Tomé e Príncipe vai comprar 152 mil vacinas da Janssen e da Moderna

São Tomé e Príncipe prevê adquirir até outubro cerca de 80 mil doses da vacina Johnson & Johnson e 72 mil doses da Moderna com financiamento do Banco Mundial, disse à Lusa a coordenadora do programa nacional de vacinação.

São Tomé e Príncipe vai comprar 152 mil vacinas da Janssen e da Moderna
Notícias ao Minuto

12:38 - 22/09/21 por Lusa

Mundo Covid-19

Segundo Solange Barros, "o processo está em curso" e as vacinas poderão chegar ao país ainda "no final deste mês ou no próximo mês" de outubro.

Até ao momento, o programa nacional de vacinação de São Tomé e Príncipe tem utilizado exclusivamente a vacina AstraZeneca, doada pela plataforma Covax e Portugal.

A coordenadora do Programa Nacional de Vacinação disse à Lusa que, até terça-feira, "cerca de 53.713 pessoas", correspondente a 35,8% da população já foram vacinadas com a primeira dose da vacina.

Solange Barros explicou que, destas, 16.845 pessoas, correspondentes a 11,2% da população, estão imunizadas com as duas doses.

Além disso, decorre neste momento a administração da primeira dose a 37 mil pessoas utilizando as vacinas doadas em agosto por Portugal.

"Nós atualmente já conseguimos vacinar 21.599 pessoas, restando por vacinar cerca de 15 mil", explicou.

"As pessoas estão a aderir bem", disse, acrescentando que "também tem a ver com o aumento de número de casos e de óbitos que tem havido, por isso as pessoas estão a ter mais consciência que têm de vacinar-se para se protegerem".

O aumento da procura pela vacina levou as autoridades a fazer "o reforço da equipa no terreno", disse Solange Barros.

Dentro de duas semanas começarão a ser utilizadas, pela primeira vez, as 100 mil doses da vacina Sinovac oferecidas pela República Popular da China.

Tratando-se da primeira experiência com uma vacina diferente da AstraZeneca utilizada até ao momento no país, a coordenadora do programa nacional de vacinação disse esperar "que seja um processo tranquilo".

"Eu acho que não deve haver preconceitos porque todas as vacinas mostraram ter uma boa eficácia e serem seguras para a prevenção da covid-19", disse.

Segundo uma publicação do Ministério da Justiça, que tutela interinamente a pasta da Saúde, o Governo está a preparar-se para "a massificação da vacina contra covid-19" e pondera "o recrutamento de enfermeiros, médicos, pessoal de saúde reformado para reforçar a equipa de vacinação" no país.

Especialistas são-tomenses afirmaram na terça-feira que a terceira vaga da pandemia da covid-19 agravou-se e o país regista maior taxa de hospitalização e casos com maior gravidade devido à variante Delta que se instalou em São Tomé e Príncipe.

Segundo a epidemiologista Eula Carvalho "a situação é grave e preocupante" porque atualmente o país regista "maior número de casos e maior número de hospitalização [com gravidade] que está associado a variante Delta", que "além de ter maior transmissibilidade e agressividade, quase que duplica" a possibilidade de contaminar outras pessoas.

Nas últimas 24 horas, São Tomé e Príncipe registou mais um óbito, de "uma pessoa do sexo masculino, do Distrito de Água Grande, de 42 anos".

Foi a terceira morte por covid-19 registada no país esta semana, depois de duas na segunda-feira.

De acordo com o boletim diário divulgado pelas autoridades locais, nas últimas 24 horas, houve o registo de 18 casos -- seis na ilha de São Tomé, e 12 na ilha do Príncipe - e seis recuperações da doença - quatro na ilha de São Tomé e duas na ilha do Príncipe.

Com os dados mais recentes, o arquipélago conta agora com 3.115 casos de infeção pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, entre os quais 46 óbitos e 2.597 recuperações da doença.

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