O anúncio foi feito hoje pelo primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, que justificou a decisão com a "diminuição do número de novas infeções e da ocupação de camas hospitalares", após uma reunião do Governo com o grupo de especialistas na doença.
A ocupação de camas em hospitais por doentes infetados com covid-19 foi reduzida para menos de 50% e o número de casos mais graves caiu para metade em comparação com o pico máximo registado em agosto, observou Suga.
"Vamos fortalecer as medidas de prevenção do contágio para poder conciliá-las com o retorno ao quotidiano e continuaremos a promover a vacinação", explicou Suga durante o encontro.
O estado de emergência será levantado no dia 01 de outubro nos 19 municípios onde está em vigor, e os alertas de nível inferior que afetam outras oito das 47 províncias do país também serão removidos, deixando todo o território livre de qualquer tipo de alerta de saúde pela primeira vez desde o dia 4 de abril.
Apesar do levantamento dos alertas, as restrições serão mantidas, embora progressivamente amenizadas dependendo do território. Na prática, isso levará a uma normalização dos horários comerciais e da assistência permitida em eventos públicos.
O estado de emergência japonês nunca levou ao confinamento, embora as autoridades tenham pedido à população para limitar as saídas de casa.
As medidas preventivas são dirigidas sobretudo a bares, restaurantes e karaokes, que, em estado de emergência, têm de antecipar o horário de fecho para as 20:00 e não servir bebidas alcoólicas.
Durante o mês seguinte ao levantamento do alerta de saúde, o Governo central continuará a solicitar a redução do horário comercial, mas em troca de subsídios.
No que diz respeito a eventos desportivos e religiosos, o Governo permite atualmente a presença de 5.000 pessoas, número que aumentará para 10.000 ou metade da capacidade das instalações assim que o alerta for levantado.
Os contágios diários por covid-19 no Japão têm diminuído continuamente, após terem atingido um pico de 25.876 casos, em 20 de agosto.
Na segunda-feira, o número de novos casos foi de 1.147 pessoas.
No que se refere à vacinação, de acordo com os dados mais recentes, mais de 72,4 milhões de pessoas, ou 57,2% da população japonesa, já receberam o esquema completo.
O anúncio do levantamento do estado de emergência acontece na véspera das primárias do Partido Liberal Democrático (PLD), em que o sucessor de Suga será escolhido como líder do Governo nacional, no período de transição até às legislativas que deverão acontecer antes do final de novembro.
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