O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede no Reino Unido, atribui a morte destes menores "às más condições de vida e de saúde" verificadas no campo de Al-Hol, denunciando a falta de serviços e bens essenciais, nomeadamente medicamentos, alimentos e cuidados médicos.
Num comunicado, a ONG detalhou que 34 crianças eram iraquianas, 19 eram sírias e outras quatro eram oriundas de diferentes países europeus, sem especificar a nacionalidade destes menores.
No campo de Al-Hol, cujas instalações devem albergar atualmente cerca de 60 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças com ligações familiares a elementos do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), morreram, no ano passado, 209 pessoas, quase metade eram crianças, de acordo com os dados da ONG.
Um balanço que sobe para 752 mortes (incluindo 579 menores) quando contabilizados os óbitos desde janeiro de 2019.
Em 2019, durante os últimos meses da ofensiva contra Al Baguz, o último reduto do EI na Síria, milhares de combatentes extremistas e as suas famílias foram detidos pelas forças curdas, que lutaram contra os 'jihadistas' ao lado da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos da América.
As autoridades curdas, que controlam uma autoproclamada região autónoma no nordeste da Síria, onde fica localizado o campo de Al-Hol, têm denunciado frequentemente a situação vivida neste campo, exigindo mais ajuda e apelando à comunidade internacional para repatriar os respetivos cidadãos que ali vivem.
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