O chefe do governo deu a informação no final do Conselho de Ministros, sem especificar a cidade onde decorrerá a reunião, mas nas últimas semanas, o governo italiano manifestou a intenção de realizar a reunião sobre o Afeganistão em Roma, segundo a agencia de noticias EFE.
A capital italiana acolherá também a cimeira dos líderes do G20 no último fim de semana de outubro, que marcará o fim da presidência italiana do grupo, que reúne as 19 economias mais desenvolvidas e a União Europeia (UE).
Draghi e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luigi Di Maio, têm mantido contactos com outros governos para organizar esta reunião extraordinária sobre o Afeganistão, na sequência da chegada ao poder dos talibãs em agosto passado.
Mario Draghi manteve várias conversas telefónicas com líderes do G20 nas últimas semanas, e, no início de setembro, deslocou-se a Marselha para discutir a situação no Afeganistão com o Presidente francês, Emmanuel Macron.
Em 14 de setembro, Draghi disse que os países ocidentais devem "proteger aqueles que decidem deixar o Afeganistão" e que a UE não pode ignorar a situação dessas pessoas nem o "alcance histórico" dos acontecimentos no país.
Na passada quinta-feira, na Assembleia Geral das Nações Unidas, Dragjhi disse que a comunidade internacional deve agir para evitar "uma catástrofe social e civil" no Afeganistão.
Os talibãs reassumiram o poder no Afeganistão depois de terem conquistado a capital, Cabul, em 15 de agosto, duas semanas antes da conclusão da retirada das forças internacionais lideradas pelos Estados Unidos, após uma guerra de 20 anos.
Milhares de afegãos saíram do país com as forças internacionais, num processo caótico no aeroporto de Cabul, mas muitos dos seus colaboradores ficaram para trás e receiam a perseguição do regime extremista dos talibãs.
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