Familiares dos detidos na prisão de Guaiaquil, no Equador, desesperam, no exterior, por notícias. Subiu para mais de 100 o número de mortos após uma batalha entre gangues, esta terça-feira.
O motim no estabelecimento prisional e a violência que se seguiu deveu-se à disputa entre os gangues 'Los Lobos' e 'Los Choneros'. Os reclusos usaram armas de fogo e facas e foram ouvidas explosões no interior da prisão.
A operação da polícia e do exército equatoriano só conseguiu pôr fim ao motim e recuperar o controlo da prisão mais de cinco horas depois de a violência ter começado.
Como resultado destes acontecimentos, o Presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou o estado de emergência em todo o sistema prisional do país por um período de 60 dias.
O estado de emergência procura "salvaguardar os direitos das pessoas privadas da sua liberdade, como um grupo de atenção prioritária", bem como os dos guardas prisionais e agentes da polícia, de acordo com o decreto. Também estipula que os organismos da administração pública coordenem e executem ações para restabelecer a ordem e prevenir novos atos de violência nas prisões.
Já esta quarta-feira, a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) condenou os atos de violência na prisão na cidade equatoriana de Guayaquil e apelou ao país para investigar o que aconteceu. "Recorda-se que os Estados têm o dever legal de adotar medidas para garantir os direitos à vida, integridade pessoal e segurança das pessoas sob a sua custódia", disse a organização sediada em Washington.
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